A origem do mito do Saci-pererê é totalmente ligada à miscigenação do Brasil, mostrando elementos da cultura indígena, negra, e também elementos cristãos, como ter medo de cruzes e deixar um cheiro sulfuroso, que são atributos clássicos do diabo na religião cristã.
O mito do Saci-pererê começa no folclore indígena, de onde vem seu nome que deriva de Ŷaci-ŷaterê, na língua Tupi-Guarani. A lenda do Saci provavelmente se originou entre os povos indígenas do sul do Brasil durante o período colonial, onde ele era retratado como um menino índio que morava na floresta, com sua pele bronzeada e uma cauda. Ele era originalmente uma criatura da noite, e seu nome mostra isso pelo fato de ŷaci (jasi) significar "Lua" no velho Tupi.
No entanto, quando o mito migrou para o norte, o personagem recebeu fortes influências africanas dos escravos que foram trazidos para o Brasil, que contavam histórias do Saci para divertir e assustar as crianças. Nesses contos, o Saci passou a ser descrito como um jovem negro com apenas uma perna, porque, de acordo com o mito, ele perdeu a outra em uma luta de capoeira.
Foi por volta desta época que o Saci começou a ser representado usando uma touca vermelha mágica e fumando um cachimbo, típico da cultura africana. Seu nome se transformou durante o tempo, sendo conhecido também como Saci Taperê e Sá Pereira.
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